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Paraíba é 3º em ranking de violência política no Brasil em 2024

No 1º turno das eleições deste ano, período iniciado em 16 de agosto e encerrado no último domingo (06), o Brasil teve 373 ocorrências de violência política dirigidas a candidatos(as) ou políticos em exercício.

É o que aponta a atualização da 3ª edição da pesquisa “Violência Política e Eleitoral no Brasil”, desenvolvida pelas organizações sociais Terra de Direitos e Justiça Global e lançada nesta quinta-feira (10).

Com 518 ocorrências, o ano de 2024 se mostra como o mais violento da série histórica produzida pelas duas organizações, se considerada a soma dos dados do 1º turno e do período pré-eleitoral.

No 1º turno, foram registrados: 10 assassinatos, 100 atentados, 138 ameaças, 54 agressões, 51 ofensas, 13 criminalizações e 7 invasões. O número de ocorrências no período é mais do que o dobro do número total de casos de violência política do período pré-eleitoral deste ano, de janeiro a 15 de agosto, quando totalizou 145 casos.

A recente atualização reforça a forte tendência de crescimento da violência política no país. No mesmo período em 2022, foram registrados aproximadamente 2 casos de violência política por dia. Nos 52 dias do 1º turno das eleições deste ano, ao menos sete pessoas foram vítimas de violência política por dia.

“Ao longo da série histórica, temos observado uma tendência de maior violência nas eleições municipais, onde há um acirramento dentro das cidades que evidenciam as disputas locais”, diz diretora-executiva da Justiça Global, Glaucia Marinho.

Destaques

Assim como no período pré-eleitoral, as ameaças foram as formas mais recorrentes no 1º turno, com 138 ocorrências – o que representa 37% dos casos. O maior número de ocorrências foi no estado de São Paulo, com 14 casos.

Em 2022, o 1º turno das eleições gerais registrou um assassinato, enquanto em 2024 foram 10 ocorrências no mesmo período. Dos 24 casos de assassinatos registrados em 2024, mais de 40% dos assassinatos aconteceram durante período eleitoral.

Com 100 registros, os atentados são o segundo tipo de violência mais recorrente no 1º turno. O número é bastante superior ao total de 24 casos de atentados identificados de janeiro a 15 de agosto.

Comparando com o 1º turno das eleições de 2022 houve também um vertiginoso crescimento de casos de registros de atentados: de 14 (2022) para 100 (2024), um aumento de 614%.

Violência por região

A violência política e eleitoral foi registrada em todos os estados do país. As três regiões do Brasil que mais abrigam casos são: Nordeste (132 casos), Sudeste (117) e Sul (51).

O estado com maior número de ocorrências no 1º turno foi São Paulo (50), seguido de Rio de Janeiro (38) e Paraíba (24).

O ranking de maior número de casos nos estados é semelhante ao período pré-eleitoral, com exceção da Paraíba, que de 13º passou a ser o 3º estado com maior número de casos.

No primeiro turno deste ano tropas federais foram convocadas para atuar em 7 cidades da Paraíba.

Dados gerais

– Entre 16 de agosto a 06 de outubro foram registrados 373 casos de violência política.

– Em 2024 foram registrados 518 casos de violência política: 145 no período pré-eleitoral e 373 casos no período eleitoral até o primeiro turno.

– São ao menos 672 casos de violência política no período que está sendo mapeado na terceira edição da pesquisa Violência Política e Eleitoral no Brasil, que identifica dados desde 1 de novembro de 2022.

Entre 16 de agosto e 6 de outubro de 2024.

– Os tipos de violência mais frequentes no período analisado são ameaças e atentados, 138 e 100, respectivamente.

– No período ocorreram 10 assassinatos, 100 atentados, 138 ameaças, 54 agressões, 51 ofensas, 13 criminalizações e 7 invasões.

– Os partidos com maior registro de ocorrências foram: União Brasil (46), Partido dos Trabalhadores (43) e Partido Liberal (35).

Com Ascom ***